Bijuterias, bolsas, jogos americanos, panos de prato e almofadas são alguns dos produtos confeccionados artesanalmente por adolescentes do Centro de Internação Provisória (Cenip) em Caruaru, unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). As peças são confeccionadas pelos adolescentes com materiais doados pelo comércio local.
A coordenadora geral da unidade, Maria Clara, avalia como positiva e importante a atividade. “É muito bom ter nossos socioeducandos inseridos nessas atividades. Eles ocupam o tempo ocioso, aprendem diversas formas de artesanato e ainda podem gerar uma renda extra quando retornarem aos seus lares.”, frisou a coordenadora.
Paralelo às oficinas, os socioeducandos também participam de aulas de informática e cultivam uma horta orgânica na unidade, como forma de permitir que eles tenham uma terapia ocupacional estando próximos da natureza. Cebola, alface, coentro e couve flor estão entre as hortaliças cultivadas que são posteriormente consumidas na própria instituição e compartilhadas também com os familiares dos adolescentes.
A iniciativa também será desenvolvida em breve no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) em Caruaru. Já em fase de inicialização, uma horta comunitária será cultivada pelos adolescentes que servirá também para o consumo na unidade. A perspectiva é iniciar o plantio nos próximos dias.
Sendo a educação um dos pilares do atendimento, professores da Escola José Carlos Florêncio reiniciaram no Case as aulas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o Projeto Travessia que engloba o ensino fundamental e médio, na própria unidade. Garantindo o direito de cidadania dos adolescentes, foi articulado com o Instituto Tavares Buril (ITB) a emissão das carteiras de identidade dos adolescentes. A ação aconteceu na própria unidade e contou com a presença de alguns familiares dos internos. O artesanato é uma atividade também presente na Casa de Semiliberdade (Casem) de Caruaru. A última confecção foi destinada aos pais, que tiveram um evento de comemoração.