Do: Super Esportes
O jogo deste domingo entre Santa Cruz e Sport, disputado às 16h na Ilha do Retiro, provocou um dia de guerra entre as torcidas organizadas locais. A partida terminou com placar de 5×3 para o Sport e teve episódios de violência e agressão, inclusive dentro do campo. Antes mesmo da disputa ser iniciada, porém, já havia casos graves de espancamento registrados na zona Oeste da cidade, além de depedração do transporte público.
As confusões aparentemente começaram no inicio da tarde com um espancamento brutal que ocorreu no bairro do Cordeiro envolvendo o presidente da Inferno Coral, Amilton Lima, de 27 anos. Este espancamento foi gravado e as filmagens mostram cerca de 20 homens batendo em um torcedor com a camisa do Santa Cruz (cuja identidade foi confirmada no twitter da Inferno Coral). As agressões foram filmadas pelos próprios agressores e moradores que presenciaram o crime. Um dos espancadores mais ativos da gravação usava a camisa do Sport, capuz e um pedaço de madeira para bater na vítima, que recebeu mais de 40 golpes sucessivos.
Segundo o 13º Batalhão, Amilton, conhecido como “Buiu” foi socorrido no Hospital Getúlio Vargas (HGV) às 12h com traumatismo craniano e encontra-se estável. Outro integrante da Inferno Coral, identificado como André Sales, 25 anos, o “Taracudo”, também foi agredido e encaminhado ao HGV, de onde já teve alta às 13h. Um terceiro torcedor ferido por foi Michael Laudro Victor Neto, que deu entrada no Hospital da Restauração às 17h46 com convulsões. Este foi agredido enquanto estava na frente da Ilha do Retiro. Apesar de ser torcedor do Sport, Michael foi espancado por torcedores rubro-negros pois estava sem a camisa do time e foi confundido com um torcedor tricolor. O estado dele também é estável.
De acordo com informações do delegado de Repressão à Intolerância Esportiva, Paulo Moraes, dois suspeitos de participarem do espancamento de Amilton já estão presos. Um deles foi detido dentro do estádio e o segundo em um bar na Ilha do Retiro. Os possíveis acusados foram encaminhados a Gerência de Proteção à Criança e ao Adolescente (GPCA) pois um deles é menor de idade, o que torna a violência deste domingo ainda mais chocante.
Apesar do clima de guerra e da tensão, principalmente no entorno do estádio e nas avenidas Caxangá, Abdias de Carvalho, Boa Vista e no Derby, a Polícia Militar de Pernambuco informou que 421 policiais militares foram postos nas ruas como reforço para garantir a segurança no jogo.
Denuncie
Se você presenciar brigas, depedrações e espancamentos entre torcidas organizadas, denuncie o crime através do Whatsapp. A Secretaria de Defesa Social – SDS disponibiliza, em dias de jogos, o número 9 8606.9880 para a população enviar informações, imagens e vídeos denunciando práticas delituosas relacionadas às partidas. O sigilo é garantido.


