Com o objetivo de compreender as necessidades dos lojistas para que ações direcionadas ao comércio do Parque 18 de Maio sejam desenvolvidas, foi divulgada, na quarta-feira (16), pesquisa de atualização e informação comercial. Além de aspectos econômicos, os entrevistados também apontaram quais os problemas mais decorrentes no entorno. A sondagem foi encomendada pela Acic (Associação Comercial e Empresarial de Caruaru), em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Caruaru) e o Sindloja (Sindicato dos Lojistas de Caruaru).
Entre as 390 empresas que participaram respondendo o questionário, 59,7% têm perfil de trabalhar com atacado e varejo, 29,2% apenas varejo, 4,4% atacado, varejo e confecção, 2,6% apenas no atacado e 4,1% atendem a outras combinações. A partir dessa identificação, as entidades puderam atualizar o perfil empresarial do entorno, facilitando o fomento de ações direcionadas. “A pesquisa é importante, pois possibilita que os próximos passos sejam planejados em prol do desenvolvimento do comércio de toda cidade”, afirma Gustavo Henrique Pereira, coordenador da Câmara Setorial do Centro Moda 18 de Maio.
Além do mais, os empresá-rios puderam apontar algumas deficiências do espaço que, de alguma forma, dificultam a expansão comercial, caso a Feira da Sulanca, considerada uma das mais rentáveis do complexo, continuasse onde está. As três mais relevantes são segurança, estacionamento e acesso. “Para muitos dos entrevistados, o ideal seria que houvesse mais investimentos nessas áreas, a fim de atrair ainda mais compradores. Para tanto, ações como o Comando Presente, que visa oferecer mais segurança para os empresários e compradores, já estão em execução”, destaca o diretor da Acic, Pedro Miranda.
Outra hipótese levantada também pela sondagem foi a saída da feira do Parque 18 de Maio. De acordo com os entrevistados, a partir da realidade, deveriam haver parcerias entre o poder público e a iniciativa privada para variação do mix de produtos e estruturação, o que transformaria o espaço em uma expansão do centro comercial da cidade. “Já que estamos falando de uma grande área que, se desocupada, teria muita disponibilidade de montar equipamentos para dar suporte ao centro comercial de Caruaru, a exemplo de construção de estacionamentos, espaços para exposições, além de evidenciar os cuidados com os patrimônios históricos, já que tudo aquilo faz parte da Feira de Caruaru”, explica Miranda.
Mesmo sem a resolução do impasse entre permanência e retirada da feira, a sondagem também mostrou que 48% dos empresários estão dispostos a investir no desenvolvimento do Centro Moda 18 de Maio. Perante a realidade da saída, 76% dos entrevistados acreditam que essa mudança afetará suas atividades. Mesmo assim, 55,6% afirmam que permanecerão com comércio no local. “Com a saída da feira do Parque 18 de Maio, há a necessidade de existência de um projeto de valorização da área, que deve ser apresentado pelo poder público para que ela também permaneça competitiva. E isso está mais que comprovado na pesquisa”, ratifica o consultor do Sebrae, Laudemiro Ferreira.
A partir dessa pesquisa, os representantes das entidades identificaram que outras da mesma natureza são necessárias. Dessa vez, tomando como mote ouvir os feirantes e também os clientes em dia de feira. “Depois desse primeiro resultado, o Sebrae identificou o que mudou em relação à última sondagem, realizada há cinco anos. Além disso, a intenção foi validar, dentro das ações que foram desenvolvidas ao longo desses cinco anos, se já surtiu resultado. Para o futuro, a intenção é continuar procurando o melhor para empresários, feiras e clientes”, completa Laudemiro.
A pesquisa foi realizada pela Ceplan Multi entre os dias 30 de setembro e 28 de outubro.